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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Dia das Crianças

 


   Feliz dia das crianças, talvez fosse melhor dizer feliz dia para a Grow, Estrela, Hot Whels, empresas que nos lembram o verdadeiro significado de tais datas, e nos mostram que o capitalismo somado ao consumismo desenfreado não perdoa nem nossas crianças, que bombardeiam nossos pequenos com coisas desnecessárias usando aquilo de mais bonito nelas, a inocência.
    O dia das crianças assim como natal, páscoa, dia dos namorados, mães e pais é uma data misturada a nossa cultura, onde colocam um significado de relação ou religioso para mascarar o verdadeiro objetivo que é o lucro. Shoppings e lojas lotadas, onde dar ou receber um presente lhe da uma sensação de felicidade, porém uma felicidade superficial, pois não damos valor ao ato, e sim ao material, no qual teria que apenas representar o valor do ato, mas fomos direcionados a enxergar superficialmente. É incrível como o consumismo destrói valores, o te amo no dia dos namorados não tem valor se não vim acompanhado de presente, não sou cristão, porém Jesus é menos lembrado do que os ovos de chocolate e presentes na páscoa e natal, e o mais chocante de todos e que nos da uma bela base dos extremos da nossa sociedade, de um lado vemos o sorriso de uma criança e seus olhos brilhando ao abrir seu presente e ver a surpresa, do outro vemos crianças que seu único brinquedo é a imaginação, que certamente é o mais importante, ou deveria ser, porém é triste para uma criança sem base e mentalidade construída, ver crianças na rua, na TV, revistas, com seus brinquedos felizes enquanto ele não pode ter um também, da uma sensação de inferioridade, você não se sente parte da sociedade e então o pior sentimento que podemos ter socialmente, o sentimento de exclusão, isso vai refletir lá na frente e muito provavelmente teremos nessas crianças, adultos com os sentimentos de exclusão e frustração querendo resolver seus problemas de forma bruta. Essas são crianças que vem de uma família desestruturada, sem base alguma, tanto financeiramente quanto mentalmente, onde uma mãe cria seis ou sete filhos com recursos mínimos.
    Devemos deixar o lado comercial e partir para o que realmente importa. Dia das crianças é todo dia, cada dia e momento é importante na formação delas, temos que resgatar a essência e o verdadeiro significado da infância, a inocência e imaginação, o sentimento de descobrir coisas novas, de sentir que o mundo é maior e quase infinito, ser criança é ter consigo a duvida, o sorriso e o medo, coisas assim é que fazem a vida valer à pena, o mais triste é saber que tudo isso ta perdendo o brilho com o passar dos anos, talvez por isso tenhamos adultos tão carentes e confusos. Usemos essa data comercial para refletir e recordar, perceber que algumas coisas na vida não têm preço, afinal criança ou adulto é só uma definição para lembrarmos que o tempo passa, e como as coisas mudam, mas no final todos temos um pouco do sentimento de ser criança dentro de nós.

                                                                                                                  Juliano B. Pereira

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A Morte de um "Rei", o despertar da realidade





  Era uma noite normal como a maioria, céu sem nuvens onde podíamos ver estrelas nitidamente, algo raro em São Paulo, conversávamos nos banquinhos quando chegou à notícia de que um cara conhecido no bairro tinha morrido, ele era um traficante que ajudava muito no principal time do bairro por isso era tão conhecido em nossa região.
    
   Morreu jovem como a maioria que atua nessa área, deixou filhos, família, que é a parte mais comovente disso tudo, ouvi várias versões da historia, mas o fato é que ele morreu com inúmeros tiros. No dia seguinte isso foi o comentário em vários lugares do bairro, algumas pessoas felizes, outras tristes, e nisso consegui observar todo o ciclo do crime e como todos influenciamos diretamente ou indiretamente.

    
   Eu vi pessoas que como eu não gostavam dele, de minha parte era algo paralelo ao que ele fazia, era algo pessoal, porém nenhum de nós poderíamos fazer nada, a maioria não tem a disposição de pegar uma arma e tirar uma vida, isso acaba nos deixando impotentes ao criminoso, outra coisa é dinheiro fácil, assim você tem carro, roupas de grife, vai a lugares caros, toma boas bebidas e porque tudo isso? O “status”, sim no fim tudo é pra chegar a isso de modo fácil, eu via ele nas baladas sempre rodeado de mulheres desejáveis para a maioria dos homens, eu via muita gente em volta o invejando, querendo ser como ele, o comentário era a moto ou o carro que ele passou tal dia na rua, em uma pessoa sem equilíbrio e base isso é o topo, e quando você esta no meio de pessoas também sem equilíbrio e base isso acaba virando uma verdade, mesmo que tudo isso se limite a um bairro, uma vila. Ele tinha uma vida com um evidente conforto, dava o melhor para seus filhos e tinha vários parasitas a sua volta para sustentar a ilusão de rei, agora a pergunta, porque todas essas pessoas, tanto ele como os que o rodeiam tem esse pensamento de que o bem material é o topo e o lugar onde se alcança a felicidade? Isso talvez seja culpa do sistema que todos nós vivemos isso está explicito nos comerciais, novelas, programas, está em todo lugar, nos mostram e fazem acreditar que a felicidade é você ter o carro do ano, uma casa luxuosa e a modelo da televisão, como conseguir isso de maneira rápida? O crime.

    
    A morte dele não é nada de tão importante no sentido emocional, mas de maneira ideológica sim, é até contraditório para não dizer engraçado que alguém que se sentia no topo se resumiu apenas a uma estatística, os parasitas agora estão em outro hospedeiro garantindo a ilusão de rei, já que não somos podemos criar uma ilusão, pois a verdade é o que acreditamos que ela seja não é? Será que são todos psicóticos ou nossa sociedade é psicótica? O que eu sei é que os carros ainda andam pra lá e pra cá, as pessoas ainda fazem as mesmas coisas monótonas de todos os dias, ainda tem um menino com uma arma na mão e ainda tem uma ilusão, onde o despertar de um “rei” é o nascer da realidade. 

                                                                                      Juliano B. Pereira

terça-feira, 3 de maio de 2011

Qual é mais vilão?

   Por muito tempo posto como a imagem do mal, como um inimigo que deveria ser morto pelo bem da humanidade, imagino o quanto hipócrita é o governo americano em falar de terrorismo, logo ele que ridiculariza culturas, explora e escraviza países de 3° mundo, são culpados por grande parte da pobreza e miséria, promovem guerras para manterem-se no topo do imperialismo e hegemonia, quantos inocentes os americanos já não matou em suas guerras por motivos políticos visando o lucro? Nesse caso o terrorismo é maquiado para justiça, eles querem passar a imagem de justiça e heroísmo para nós, quer me empurrar à idéia de que fazem isso para um mundo melhor, pessoas vão às ruas e comemoram a morte com bandeiras americanas de um homem como se o super-homem tivesse vencido Lex Luthor ou o Batman tivesse vencido o coringa, a realidade não são quadrinhos, é muito fácil vermos a conseqüência e então julga aquilo sem antes ver o efeito que provocou isso, as torres gêmeas são sós a ponta do iceberg tem muito mais por traz de tudo isso, no fim não sabemos quem é mais terrorista a Al Qaeda ou as grandes potencia que dão possibilidade para nascerem grupos extremistas, mas uma vez a religião dividindo o mundo, a política dividindo o mundo e trazendo mais sangue, quem será o próximo vilão? Próximo inimigo, pois os EUA precisam de um vilão para criar a impressão que são heróis, Osama não é do bem eu não acho certo atitudes extremistas, porém eu não acho certa a exploração e desvalorização essa hegemonia americana resulta em coisas assim, não se trata de ser anti-EUA ou a favor da Al Qaeda e sim entender a complexidade do caso.


                                                                                              Juliano B. Pereira

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Porque tanta indiferença?



Porque esse olhar? Porque essa indiferença? Olhem em meus olhos, talvez eles também sejam diferentes, mas brilham com a mesma intensidade, também ficam felizes ou tristes, choram iguais aos seus, porque insiste tanto em nossas diferenças? Veja, estamos todos em baixo do mesmo sol, e ele brilha para nós todos, a única coisa é que o vemos de ângulos diferentes, venha comigo, e poderemos todos vê-lo de um ângulo só, não importa sua cor, o modo que se veste ou fala, não importa quem é seu Deus, todos temos algo em comum, que é a vida.

Juliano B. Pereira

terça-feira, 26 de abril de 2011

Visão Superficial


Um dia me deparei observando o comportamento das pessoas quando tentam umas entender as outras, como elas lidam com suas diferenças.

Na sociedade em que vivemos, as pessoas aprenderam a ver apenas superficialmente as coisas, isso eu atribuo a tudo, de modo geral. Tentamos entender apenas aquilo em si, e não o mundo em volta dele que então nos daria um entendimento mais amplo. Não tem como entender Einstein se você não entender o mundo da física, não tem como você entender claramente um discurso do presidente se não entender o mundo da política, não tem como entender um ideal de uma pessoa se você não procurar entender o mundo em sua volta que acabou criando tal conceito.

Vivemos de resumos, e nos empurram um resumo de tudo que lhes convém, e apenas aceitamos isso, assim podem ser explicados alguns conceitos como manipulação por parte de pessoas que nos empurram esse resumo.

Muitas coisas bloqueiam nosso senso critico e curiosidade, apenas um exemplo simples e fácil, a religião, como já dizia uma frase que vi a fé não lhe da respostas e sim impede perguntas, quantas pessoas inteligentes que poderiam ter uma visão ampla de muitas coisas, mas não tem pelo bloqueio ideológico da religião, que insistem em nos fazer acreditar em hipóteses antigas, e não nos deixam evoluir com a ciência, e pior, colocam essas ideias como fatos?

Isso e outras coisas nos fazem ter um pensamento superficial de tudo, desde ideologias, até entendimento dos verdadeiros valores e coisas importantes nas pessoas, como sentimentos e pensamentos no qual precisamos ver além da capa.

Juliano B. Pereira

Manhã de Sábado

Hoje é um dia tranqüilo e de sol, um dia bonito pra se correr, pra se apreciar sentado, olhando as poucas nuvens que sobrevoam o céu azul, azul como nunca vi antes, ou então como nunca tinha reparado. Um local ideal para os pensamentos voarem livres como os pássaros que cantam nessa manhã, pra você pensar naquela pessoa que lhe faz bem, que lhe faz ter um novo conceito do que é a vida, do que é sorrir e cantar sozinho, do que é andar sem direção e sem temer o tempo, sem temer o amanhã, que faz o futuro ser um simples detalhe.

Ah, como as manhãs de sábado são lindas, o sol brilhando da um toque a mais em seu fulgor, o sábado é uma criança correndo, um cachorro a latir, pessoas lavando seus carros, a musica alta, o telefone ligado, a praça, o verde, os pássaros, esse é o sábado, é o sentimento no ar, é o futebol entre amigos, um beijo e um te amo, o sábado é minha inspiração, é um novo começo ou um novo fim. Quando chega a noite, engana-se quem acha que é o fim do brilho, ainda tem o cinema, tem os amasso , tem o amor em lugares reservados, tem a musica e novas pessoas, novas idéias para novos sábados, para novas aventuras, novos fracassos. E assim aproxima-se a meia noite, e um ar de saudade fica em meu coração, volta á realidade, e fico a esperar a próxima semana.

Juliano B. Pereira

Entre o medo e a felicidade


A única coisa que nos separa é o medo, o medo é a duvida, é a incerteza, é entre o certo e o errado, são dois caminhos, o medo é o futuro, o talvez, é o momento em que os olhos se fecham, são segundos antes dos lábios se tocarem, porem, comparado as coisas boas o medo é só um detalhe, um sorriso, um olhar, uma palavra, são coisas que fazem valer a pena, um carinho, um abraço, um te amo, o pensar, são coisas que nos fazem ver a beleza da vida, só nos sentimos vivos de verdade quando respiramos a felicidade, quando somos importantes para alguém, quando essa pessoa nos olha e diz coisas verdadeiras. Ser feliz é estar além do certo e o errado, não tenha medo do fracasso, pois o maior fracassado é o que não tenta ser feliz, podemos ser felizes apenas com palavras ao ouvido, em um olhar, ou em um beijo, basta dar uma chance pra si mesmo, se não der certo, o que é que tem? O sol continuara brilhando e dando vida ao mundo, o tempo certamente passará e trará novos momentos.

Juliano B. Pereira